Público - 11 Mar 03

Os Vários Passos do Estudo

Para Se Compreender Os Resultados Obtidos por Valadares Tavares, É Imprescindível Observar com Algum Detalhe a Metodologia Utilizada ao Longo do Trabalho.  Em Primeiro Lugar, Foram Escolhidos Os Dois Indicadores-chave Que Permitiriam Ter Uma Ideia do País e do Grau de Desenvolvimento de Cada Concelho.  Um Deles É o Poder de Compra por Habitante (Dados Divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, Relativos a 1999).

Logo nesta primeira fase foram visíveis as assimetrias que percorrem o país e, paralelamente, a existência de dois eixos de desenvolvimento distintos - um mais no sentido do poder de compra e outro no da qualificação. Lisboa é o concelho que tem mais poder de compra, encabeçando um eixo em que aparece, logo a seguir, o Porto e - já bastante mais abaixo - São João da Madeira. Mas não é a capital que lidera os níveis de ensino. Esse posto é ocupado pelo concelho de Oeiras, primeiro de um segmento onde também Cascais e Sintra surgem em lugar de destaque.

A partir daqui, foi construído um só indicador, síntese destas duas variáveis, que permitiu agrupar os concelhos em oito classes sócio-económicas. Os mais desfavorecidos pertencem ao grupo A, os que estão logo a seguir ficam no B e assim sucessivamente, por ordem alfabética. Porto e Lisboa, por serem realidades demasiado distintas, constituem, cada um, um caso isolado. O Porto compõe individualmente o grupo G, Lisboa é o H. Depois, em cada concelho fez-lhe o levantamento das escolas com pelo menos 25 alunos do 12º a fazer, este ano, a prova 435 de Matemática. Calculou-se a média concelhia. E depois viu-se como se comportavam os concelhos, dentro de cada grupo e em termos nacionais.

A segunda parte do estudo, agora publicada, analisa o desempenho das escolas secundárias nos exames de Matemática (435) e Português (139). Foram tidas em conta aquelas em que pelo menos 25 alunos fizeram as provas no ano passado.

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