«Em termos de segurança, Portugal está
verdadeiramente doente» PSD criticou PS por «atraso» na reforma da lei
do sistema prisional
O deputado do PSD Montalvão Machado criticou esta
terça-feira o Governo e o PS pelo «atraso» na
reforma da lei-quadro do sistema prisional, que
considerou indispensável para o reforço da segurança
dos cidadãos, noticia a Lusa.
Anunciando a discussão do diploma do PSD que visa a
reforma do sistema prisional para dia 26 de
Setembro, Montalvão Machado defendeu que «a boa
regulamentação» daquela matéria «é indispensável» e
criticou o Governo e o PS por não terem feito
«absolutamente nada» desde 2005.
Numa declaração política na comissão permanente (que
substitui o plenário em período de férias
parlamentares), o deputado social-democrata
considerou que «em termos de segurança, Portugal
está verdadeiramente doente».
«A reforma do sistema prisional é um ponto de
partida e é também uma alavanca que se relaciona com
as questões da segurança», defendeu.
Saúde, economia e educação
Já o PCP, pela voz do líder parlamentar, Bernardino
Soares, escolheu o tema da saúde para a sua
declaração política, questionando o executivo sobre
notícias que dão conta da contratação de «empresas
de trabalho temporário» a título extraordinário para
garantir as urgências hospitalares.
«Continuamos a ver a mercantilização na saúde»,
criticou, instando o Governo a esclarecer se é
verdade que o recurso a médicos a título excepcional
custará 2500 euros por dia.
Quanto ao Bloco de Esquerda, o líder parlamentar,
Luís Fazenda, desafiou o Governo a rever as
expectativas de crescimento da economia, frisando
que o que se prenuncia é um aumento do desemprego
assim que acabar o Verão e for ultrapassado o efeito
sazonalidade nas estatísticas.
Do lado do CDS-PP, o líder parlamentar, Diogo Feio,
questionou o executivo sobre a subida do preço dos
manuais escolares, e acusou o Governo de «não ter
uma política» quer para o custo dos manuais quer
para o controlo da qualidade dos mesmos.
«Não vale a pena esconder esta questão com medidas
avulsas como os passes sociais [mais baratos para
estudantes]. Aquilo a que nós assistimos é ao
aumento do preço dos manuais escolares», criticou.