Público - 22 Set 04
"Patrulheiros"
Garantem a Segurança dos Estudantes na Amadora
Com o início do novo ano lectivo regressam os
alunos, e com eles o habitual rebuliço junto às escolas da Amadora.
Dezenas de crianças e adolescentes numa verdadeira correria, que
culmina quase sempre nos portões de entrada, compõem o cenário. É
também nesta altura que os "patrulheiros" começam a ser vistos na
cidade. Vestidos com coletes sinalizadores, verdes florescente, e
munidos de raquetes de orientação, este grupo de 36 indivíduos
contratados pela câmara assegura a vigilância das estradas próximas
dos estabelecimentos de ensino, algumas delas com elevado volume de
tráfego. São homens e mulheres, maioritariamente reformados, que a
troco de um pequeno salário - entre os 206 e os 257 euros, consoante
o turno for de quatro ou cinco horas - auxiliam os miúdos a
atravessar as passadeiras, obrigando os veículos a parar sempre que
se justifique. "Este trabalho oferece uma ocupação para os tempos
livres e uma pequena ajuda em dinheiro às pessoas que normalmente
estão sós e sem nada para fazer", diz Gabriel Oliveira, vereador da
Produção e Manutenção da Rede Viária da Câmara da Amadora. Chegam
por volta das 8h, antes de soar o toque de entrada nas escolas, para
assegurar que os "impetuosos" estudantes vão em segurança para as
aulas. A acção repete-se à hora de almoço e termina com o ressoar de
uma melodia geralmente potenciadora de desordem, o toque de saída.
"Trata-se de um projecto pioneiro no país, que nasceu da necessidade
que a autarquia sentiu em diminuir os acidentes com peões,
particularmente com crianças e idosos", acrescenta o vereador. A
iniciativa, inserida no Programa de Educação e Prevenção Rodoviária,
e inteiramente suportada pela câmara, começou em 1998. "Desde que o
projecto começou não se registaram mais atropelamentos nas zonas
abrangidas. O balanço destes sete anos é por esta razão extremamente
positivo, e devia estender-se ao resto do país", salienta Gabriel
Oliveira. Rita Hipólito
 |