Diário de Notícias - 25 Set 03
PJ quer mais 'chats' encerrados
«A medida isolada pode não pôr cobro a nada, pois os utilizadores
provavelmente passam a usar outros canais». Apesar desta opinião, Carlos
Cabreiro, responsável pela Secção de Investigação de Crimes Informáticos e
Telecomunicações da Polícia Judiciária «aplaude» a decisão da Microsoft e
espera que esta, por ter sido tomada por uma multinacional, «seja um
exemplo a seguir pelos gestores de outros ISP».
São exactamente os servidores do serviço de internet um dos principais
problemas para a polícia, quando pretende detectar sites relacionados com
pedofilia. «Estamos numa área onde a PJ tem vindo a debater-se com a
preservação dos dados de tráfego», recorda. Ou seja, as empresas que
disponibilizam o acesso não são obrigadas a reter informações sobre quem
visita determinadas páginas e de onde chegam esses visitantes, o que
dificulta a localização de pessoas que, alegadamente, podem estar
envolvidas em redes pedófilas. Informações que acabam, muitas vezes, por
ser obtidas devido a troca de informações entre forças de segurança, com o
apoio da Interpol, além das denúncias dos particulares. |