"É preciso cuidar de outras
condições" A versão de Cavaco sobre a existência de vida
para além do défice
Vítor Costa
O Presidente da República, Cavaco Silva, fez hoje
relembrar uma célebre frase do seu antecessor, Jorge
Sampaio, quando o antigo presidente disse no
Parlamento que "há vida para além do défice". Na
altura, a pasta das Finanças era ocupada por Manuela
Ferreira leite e o Governo liderado por Durão
Barroso. Hoje, Cavaco não foi tão explícito como
havia sido Jorge Sampaio, mas sempre foi dizendo que
"para além do indispensável controlo das finanças
públicas, é preciso cuidar de outras condições
essenciais para garantir elevados níveis
competitivos à economia portuguesa".
O Presidente da República, Cavaco Silva, fez hoje
relembrar uma célebre frase do seu antecessor, Jorge
Sampaio, quando o antigo presidente disse no
Parlamento que "há vida para além do défice". Na
altura, a pasta das Finanças era ocupada por Manuela
Ferreira leite e o Governo liderado por Durão
Barroso. Hoje, Cavaco não foi tão explícito como
havia sido Jorge Sampaio, mas sempre foi dizendo que
"para além do indispensável controlo das finanças
públicas, é preciso cuidar de outras condições
essenciais para garantir elevados níveis
competitivos à economia portuguesa".
Cavaco prosseguiu sublinhando que "a questão da
qualidade e eficiência das políticas públicas é de
crucial importância. A confiança das populações, dos
agentes económicos e sociais e, em particular, dos
investidores depende em muito da qualidade da
governação pública. Isto significa não só políticas
públicas adequadas às novas exigências e realidades,
mas também instituições fortes e credíveis,
procedimentos eficazes e transparentes, e um firme
combate à corrupção em todos os níveis dos poderes
públicos". Por outro lado, referiu, "temos também de
estar motivados para agir, de forma rápida e
consistente, face às mudanças nos paradigmas
económicos e sociais decorrentes da integração
europeia e da globalização", acrescentando que "o
empenho na inovação não deve limitar-se à realidade
empresarial: as novas tecnologias devem permitir
também um relacionamento mais eficaz entre a
administração pública e os cidadãos, e devem, acima
de tudo, contribuir para melhorar a própria
definição e execução das políticas públicas,
nomeadamente na área da saúde, da educação, da
segurança social e do ambiente". Cavaco Silva
conclui que "este é um desafio a que o Estado tem de
responder. Mas trata-se também de um desafio para os
economistas, cuja intervenção não se pode esgotar na
procura incessante do progresso económico".