Público última hora - 11 Out 07

"É preciso cuidar de outras condições"
A versão de Cavaco sobre a existência de vida para além do défice
Vítor Costa

O Presidente da República, Cavaco Silva, fez hoje relembrar uma célebre frase do seu antecessor, Jorge Sampaio, quando o antigo presidente disse no Parlamento que "há vida para além do défice". Na altura, a pasta das Finanças era ocupada por Manuela Ferreira leite e o Governo liderado por Durão Barroso. Hoje, Cavaco não foi tão explícito como havia sido Jorge Sampaio, mas sempre foi dizendo que "para além do indispensável controlo das finanças públicas, é preciso cuidar de outras condições essenciais para garantir elevados níveis competitivos à economia portuguesa".

O Presidente da República, Cavaco Silva, fez hoje relembrar uma célebre frase do seu antecessor, Jorge Sampaio, quando o antigo presidente disse no Parlamento que "há vida para além do défice". Na altura, a pasta das Finanças era ocupada por Manuela Ferreira leite e o Governo liderado por Durão Barroso. Hoje, Cavaco não foi tão explícito como havia sido Jorge Sampaio, mas sempre foi dizendo que "para além do indispensável controlo das finanças públicas, é preciso cuidar de outras condições essenciais para garantir elevados níveis competitivos à economia portuguesa".

Cavaco prosseguiu sublinhando que "a questão da qualidade e eficiência das políticas públicas é de crucial importância. A confiança das populações, dos agentes económicos e sociais e, em particular, dos investidores depende em muito da qualidade da governação pública. Isto significa não só políticas públicas adequadas às novas exigências e realidades, mas também instituições fortes e credíveis, procedimentos eficazes e transparentes, e um firme combate à corrupção em todos os níveis dos poderes públicos". Por outro lado, referiu, "temos também de estar motivados para agir, de forma rápida e consistente, face às mudanças nos paradigmas económicos e sociais decorrentes da integração europeia e da globalização", acrescentando que "o empenho na inovação não deve limitar-se à realidade empresarial: as novas tecnologias devem permitir também um relacionamento mais eficaz entre a administração pública e os cidadãos, e devem, acima de tudo, contribuir para melhorar a própria definição e execução das políticas públicas, nomeadamente na área da saúde, da educação, da segurança social e do ambiente". Cavaco Silva conclui que "este é um desafio a que o Estado tem de responder. Mas trata-se também de um desafio para os economistas, cuja intervenção não se pode esgotar na procura incessante do progresso económico".