A Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Económicos (OCDE) aconselha
a Alemanha a alongar a vida activa dos
assalariados, num relatório ontem publicado.
O organismo adverte que a Alemanha, onde a
natalidade é fraca, poderá ver-se
confrontada com penúria de mão-de-obra se a
taxa de actividade dos seniores não aumentar
nos próximos anos. Isto afectaria o
crescimento e agravaria a situação das
finanças públicas, sublinha o documento.
A OCDE saúda a decisão do novo Governo
alemão de atrasar para os 67 anos a idade de
passagem à reforma, que é actualmente de 65
anos, mas pronuncia-se a favor de uma
aplicação mais rápida desta medida. O
contrato de coligação entre as duas
principais formações no poder prevê um
alongamento gradual da vida activa, de um
mês por ano a partir de 2012. A reforma aos
67 anos só se tornaria efectiva a partir de
2035.
A OCDE recomenda igualmente a instituição de
um princípio de obrigação de procurar
emprego, mesmo para os mais idosos, e
medidas favorecendo os programas de
formação. Lusa