Reorganizar Maternidades

"é problema clínico"

O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, espera ter novidades dentro de um mês em relação à reorganização dos serviços de urgência de Obstetrícia no país, deixando a certeza "que as decisões que venham a ser tomadas vão ter por base a qualidade dos serviços prestados às pessoas", afiança.

Este "não é um problema político - é um problema clínico", defende, explicando que existem maternidades a funcionar onde se verifica apenas um parto por dia. Luís Filipe Pereira falava ontem em Trás-os-Montes, onde os rumores do encerramento de maternidades já levaram alguns autarcas a ameaçar o Governo com uma megamanifestação de protesto.

No distrito de Bragança existe o receio de que uma das duas maternidades (Bragança e Mirandela) possa encerrar, face ao reduzido números de partos, que não chegam, no total, a mil por ano.

Numa nota informativa, o Ministério da Saúde refere que todas as hipóteses levantadas até agora na comunicação social "são meras especulações", uma vez que o relatório final do estudo, encomendado há oito meses a um grupo de dez especialistas da Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatalidade, ainda não foi avaliado.

"De qualquer forma, as decisões que forem tomadas vão ser sustentadas na opinião desses especialistas e na Ordem dos Médicos", conclui o documento. A.F.