Jornal de Notícias - 6 de Mar 04
Famílias numerosas concordam com exames nacionais
Intenção do Governo recebida com agrado
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas regozijou-se ontem com a
intenção governamental de instituir exames nacionais nos 4.º e 6.º anos de
escolaridade, por permitir aos pais aferir se os professores foram justos
nas notas finais.
O ministro da Educação anunciou quarta-feira a intenção de criar exames
nacionais no 6/o ano, à semelhança do que já acontece no final do
secundário e do que irá ocorrer em 2005 com o 9.º ano. David Justino, que
falava na apresentação de um estudo do Ministério da Educação sobre os
resultados das provas de aferição entre 2000 e 2003, admitiu também
ponderar a hipótese de, mais tarde, instituir exames nacionais no 4.º ano
de escolaridade.
Em comunicado, a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) saudou
"a intenção do ministro da Educação de efectuar exames nacionais, conforme
esta associação tem defendido desde a sua criação, há cerca de cinco
anos".
A associação considera que "através dos exames nacionais, e publicitação
dos seus resultados por escola comparados com as classificações obtidas na
«avaliação contínua», os pais poderão, em tempo, aferir qual a «taxa de
inflação» praticada pelos professores dos seus filhos".
"Isto é, se um 12 vale mesmo um 12 ou, pelo contrário, menos do que seis,
como infelizmente tantas vezes acontece e só é percebido no final do 12.º
ano", especificou.
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