Refeição em Família é mais do que sentarem-se juntos à mesa

Novo estudo publicado no Jornal da Associação Dietética Americana revela benefícios nutricionais

CHICAGO - Sentar-se à mesa para as refeições como uma família parece desempenhar um papel importante na promoção de hábito alimentares saudáveis entre os adolescentes, de acordo com um estudo científico publicado no número de Fevereiro de 2003 do Jornal da Associação Dietética Americana.

Investigadores da Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos, descobriram que as crianças entre os 11 e os 18 anos de idade que tomavam as suas refeições em família, comiam maiores quantidades de frutas, vegetais, leguminosas e alimentos ricos em nutrientes do que aqueles que comiam separados das suas famílias. Além disso, os adolescentes que tomavam pelo menos sete refeições por semana em família consumiam menos comidas rápidas e snacks do que aqueles que comiam menos do que este número.

“A adolescência é um período de rápidas mudanças e desenvolvimento, e a dieta dos adolescentes pode não ser adequada em termos de todos os sais minerais, vitaminas e nutrientes que eles necessitam", disse a dietista Susan Moores, porta-voz da associação. "Este estudo constitui uma grande prova de que as refeições em família podem resultar numa alimentação mais saudável para quem as realiza".

Os investigadores também descobriram que os rapazes faziam mais refeições em família que as raparigas, tal como as crianças até ao 2º ciclo comiam mais em família que as que frequentavam graus de ensino subsequentes. Adicionalmente, o estudo revelou que as famílias em que as mães não tinham emprego externo e as famílias de maiores capacidades económicas tomavam refeições em conjunto com maior frequência que as restantes famílias.

"Sentar-se à mesa para uma refeição em família fornece mais que simplesmente uma boa nutrição. Pode também gerar uma real qualidade de vida para toda a família", disse Moores.

Os autores do estudo sugerem que os dietistas que trabalham com adolescentes, nomeadamente nas escolas, e com as suas famílias, deveriam explorar as oportunidades de realisticamente aumentarem as refeições familiares.

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