Diário de Notícias - 11 Mar 03

Fevereiro foi o melhor mês dos últimos anos nas estradas e ruas
PAULA SANCHEZ

Fevereiro foi o mês mais calmo dos últimos quatro anos nas estradas portuguesas. E embora seja uma vitória de Pirro, pelas 85 pessoas mortas de forma bárbara em acidentes de viação, pelo decréscimo dos veículos em circulação e ainda por um aumento da fiscalização da Brigada de Trânsito da GNR, é certo que há muito tempo não se registavam tão poucas vítimas mortais tanto nas estradas como nas cidades.

Este ano houve, no entanto, mais acidentes participados às autoridades que em Fevereiro de 2002 (uma tendência crescente) e verificou-se um acréscimo de feridos graves _ 368 em Fevereiro de 2003, para 334 em Janeiro.

Nos 33 mil acidentes de viação já contabilizados este ano, morreram 192 pessoas e mais de 8400 ficaram feridas, 702 com gravidade. Em relação a idêntico período do ano passado, a tendência é decrescente em todos os parâmetros: menos 40 mortos, 49 feridos graves e 247 feridos ligeiros.

A maior contribuição para estes indicadores positivos surge na sinistralidade urbana. No último mês, morreram 12 pessoas em acidentes nas cidades, o que equivale a metade das vítimas mortais registadas em Fevereiro de 2002.

A sinistralidade urbana continua a ser liderada pelo distrito de Lisboa onde, este ano, já se contaram quase cinco mil desastres, que causaram a morte a oito pessoas, ferimentos graves a 90 e ligeiros a mais de 800. No Porto morreram quatro pessoas em pouco mais de 2500 acidentes, verificando-se igual número de mortes no distrito de Setúbal, mas apenas em mil acidentes.

Nas regiões autónomas, a Madeira continua a registar um rácio muito elevado no risco de condução. Já morreram três pessoas este ano no Funchal, em 931 acidentes que causaram 233 feridas, 25 dos quais saíram do local do acidente em estado grave. Nos Açores, apenas o comando da PSP de Angra do Heroísmo (ilhas Terceira, S. Jorge e Graciosa) contou, até agora, dois mortos em 141 acidentes.

Quanto à fiscalização exercida pela BT merece registo o aumento, em dois meses, das manobras perigosas _ mais nove mil que nos primeiros dois meses de 2002, num total de 25 mil infracções graves e 2800 muito graves.

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