O
CDS-PP acusou hoje o Governo socialista de
"desprezar os assuntos da família" e exigiu
a criação urgente de um Alto Comissariado
para o sector, na dependência directa do
primeiro-ministro.
"O
Governo PS despreza os assuntos da família,
negando por essa via o carácter fundamental
e estruturante que a família desempenha na
sociedade portuguesa", defendeu o porta-voz
do CDS-PP Paulo Núncio, em conferência de
imprensa.
Os
democratas-cristãos criticaram o executivo
liderado por José Sócrates de "ter primado
pela ausência" no Dia Internacional da
Família, que se assinalou domingo.
"Este
facto é tanto mais preocupante quando se
constata que o actual Governo socialista é o
primeiro, nos últimos 25 anos, a não ter uma
estrutura autónoma e específica vocacionada
para os assuntos da família", notou Paulo
Núncio.
Elegendo o crescimento demográfico como uma
"prioridade para Portugal", o dirigente do
CDS-PP defendeu a criação urgente de um Alto
Comissário para os Assuntos da Família, a
funcionar na dependência de José Sócrates, a
aprovação de uma Lei de Bases da Família e a
"implementação urgente" de cinco medidas.
Flexibilizar e alargar os apoios para
licença de maternidade, estimular o trabalho
a tempo parcial por razões familiares e
certificar as "empresas familiarmente
responsáveis" são algumas das medidas
urgentes pedidas pelo CDS.
Por
outro lado, os democratas-cristãos exigem
uma revisão do regime dos manuais escolares
(que permita a sua reutilização) e a criação
de mecanismos de bonificação das reformas e
das pensões em função do número de filhos.
"Nunca
como hoje uma política global, transversal e
integrada de família foi tão necessária em
Portugal", afirmou Paulo Núncio.