Jornal da Madeira - 26 Mai 04

Centro de Segurança Social lança brochura \'A Família na Madeira em Números\'

Famílias menos numerosas
O número de famílias na Região com uma, duas e três pessoas registou um aumento substancial nos últimos 10 anos. Pelo contrário, as famílias com 6 ou mais pessoas registaram uma grande diminuição.
 

Foi apresentada ontem, no auditório do Centro de Segurança Social da Madeira (CSSM), a brochura “A Família na Madeira em Números”, uma iniciativa que decorreu no âmbito das Comemorações do X aniversário do Ano Internacional da Família na Região.
Na cerimónia de apresentação da brochura, a secretária regional dos Assuntos Sociais, Conceição Estudante, destacou, nomeadamente, a evolução da estrutura das famílias madeirenses entre 1981 e 2001, onde sobressai a diminuição da dimensão média das famílias, que passou das 4,2 pessoas em 1981 para as 3,3 pessoas em 2001.
Assim, no número de pessoas que compõem as famílias notou-se, de 1981 para 2001, um aumento do número de famílias com 1, 2, 3 e 4 pessoas e, pelo contrário, uma diminuição das famílias com 6 ou mais elementos. De salientar, o aumento do número de famílias com apenas 1 pessoa (67,1%) entre 1981 e 2001.
Sobre este aspecto da dimensão das famílias, nomeadamente no que se refere à caracterização por concelhos, Conceição Estudante, no seu discurso, sublinhou que os dados indicados “vão determinar a revisão de algumas medidas a implementar no terreno”, com, como disse, “actuações muito mais personalizadas em função da realidade” de cada concelho.
Destacou também o aumento do número de famílias clássicas desde 1981, que passou de cerca de 60 mil para 73 mil famílias, o que considerou positivo.
Salientou, igualmente, a diminuição do número de famílias clássicas com três núcleos de famílias ou mais (que viviam na mesma habitação). Das 5.675 famílias nesta situação em 1981 passou-se para as 394 em 2001. Para a governante esta situação “indica que as políticas que têm sido seguidas a nível social, nomeadamente na habitação, tem produzido os seus efeitos, com uma qualidade familiar superior à verificada há 20 anos”.
Realçou também o aumento de famílias apenas com uma pessoa ( mais 67,1% desde 1981), número que, segundo Conceição Estudante, “nos deve fazer reflectir e preocupar, sobretudo quando se trata de uma pessoa com idade avançada, pois temos de encontrar solução para ela”.
Quanto à publicação “A Família na Madeira em Números”, destacou “que os valores dos conteúdos” da brochura “é inegável para todos aqueles que têm de laborar no campo social, seja em que área for”, realçando que os mesmos são da maior importância “para a definição de políticas, estratégias e acções”.
Ainda sobre o conteúdo da brochura, a secretária regional dos Assuntos Sociais, destacou, nomeadamente, o decréscimo da população mais jovem e o acréscimo da população mais idosa.
“Não é novidade que o índice de envelhecimento tem aumentado na Região”, sublinhou, destacando que tal “tem determinado medidas, programas e projectos quer na área da saúde, quer na área da segurança social”.
Conceição Estudante disse ainda que face à evolução dos agregados familiares “temos de nos preparar e antecipar para que estejamos preparados a dar as respostas necessárias no momento oportuno”.


Augusto Soares

augustosoares@jornaldamadeira.pt

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