Público - 1 Mai 03
Oito Milhões de Euros para Ajudar Escolas de Lisboa e Vale do Tejo
Por I.L.
O ministério já sabe quanto é que vai ter de gastar a mais para compensar o fim
dos apoios comunitários às escolas da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT)?
Ao todo, os ministérios da Educação e da Segurança Social e do Trabalho vão
garantir um financiamento público de cerca de 8 milhões de euros. Entendemos que
a utilidade e importância do ensino profissional justifica este esforço
adicional. Agora, não vamos financiar as despesas das escolas, independentemente
se serem bem ou mal geridas, como acontece no actual modelo. Vamos financiar a
procura, através de bolsas de frequência aos estudantes. Quanto mais alunos as
escolas conseguirem atrair e melhor gestão interna tiverem mais conseguirão
rentabilizar os apoios.
Quantas bolsas conta o ministério atribuir para o próximo ano lectivo?
O número de bolsas será maior do que o número de alunos que ingressaram neste
ano lectivo nas escolas profissionais de LVT. Matricularam-se 2947 alunos no 1º
ano e nós vamos financiar 3100 jovens. As escolas com maior empregabilidade e
maior procura terão a sua situação salvaguardada, as outras poderão ficar um
pouco aquém daquilo que têm neste momento. Quanto à selecção dos alunos
financiados, o critério será o mérito, ou seja, o aproveitamento escolar no 9º
ano. Mas estamos disponíveis a considerar como segundo critério de seriação a
apreciação que as escolas fizerem da vocação e do perfil dos alunos candidatos.
E qual vai ser o valor das bolsas?
Vai depender do tipo de curso, mas deverão variar entre os 2500 euros e os 3000
euros, porque também não devemos pagar por um aluno destas escolas, que são
maioritariamente privadas, mais do que paga um estudante para frequentar uma
instituição do ensino superior particular e cooperativo. E a manutenção dos
apoios vai depender do sucesso e da assiduidade dos alunos. Não vamos financiar
alunos que se arrastem no sistema. Agora, o que gostava é que as outras
instituições seguissem o exemplo do ministério e que as associações
empresariais, autarquias, fundações, também instituíssem um sistema debolsas
para o ensino profissional.

|