Crise rouba 9,5% ao património dos fundos de
pensões nacionais Patrícia Silva Dias
O património gerido pelos fundos de pensões
nacionais caiu 9,5% em 2008, revelam os dados
divulgados hoje pelo Instituto de Seguros de
Portugal (ISP). Penalizadas pela crise nos mercados
accionistas, as carteiras dos fundos de pensões
fecharam o ano com pouco mais de 20 mil milhões de
euros em activos sob gestão.
No final de Dezembro passado, o património dos
fundos de pensões estava avaliado em 20,242 mil
milhões de euros, montante que equivale a um
decréscimo de 9,5% em relação aos 22,356 mil milhões
geridos em 2007.
O ISP explica, no documento divulgado esta manhã,
este mau desempenho: “O comportamento dos fundos de
pensões foi influenciado necessariamente pela
evolução observada nos índices bolsistas mais
relevantes e pela instabilidade sentida no mercado
obrigacionista.”
O regulador ressalva, no entanto, que a gestão
diversificada dos investimentos e os 1,2 mil milhões
de montante de contribuições líquidas “limitaram o
decréscimo registado no valor dos fundos de
pensões”.
A maioria do património dos fundos de pensões
continua a pertencer a fundos fechados, cujos
activos atingiam os 19,241 mil milhões de euros no
final do ano passado. Já os Planos Poupança Reforma
(PPR) geriam 403 milhões de euros, enquanto os
Planos Poupança Acções (PPR) equivaliam a apenas 4
milhões de euros.
A maior gestora nacional continua a ser a
Pensõesgere, pertencente ao Millennium bcp, com um
total de 6.898.208 euros. Segue-se o BPI Pensões e a
Espírito Santo Activos Financeiros.