Manifestação vai decorrer em Lisboa entre a
Maternidade Alfredo da Costa e a Fonte Luminosa
Movimentos defensores do «não» no
referendo sobre o aborto que se realiza em Fevereiro
promovem domingo uma «caminhada pela vida» em
Lisboa, entre a Maternidade Alfredo da Costa e a
Fonte Luminosa, foi hoje anunciado.
«Queremos dizer ao mundo que
acreditamos na vida desde a concepção até ao últimos
suspiro», disse a promotora da iniciativa, Sofia
Guedes, citada pela Lusa, na apresentação da marcha,
que pretende ser o «grande encontro» dos movimentos
do «não» à Interrupção Voluntária da Gravidez (IGV).
Ao todo, disse a dinamizadora da
manifestação, associaram-se à iniciativa 25
associações «ao serviço da vida» de todo o país e os
15 movimentos cívicos que se opõem à despenalização
que vai ser referendada.
Sete etapas
A «caminhada» está dividida em
sete etapas, que representam, cada uma, as
sucessivas fases da «vida», desde a concepção à
terceira idade, explicaram os activistas.
Antes do referendo sobre o aborto
realizado em 1998 - em que o «não» venceu mas o
resultado não foi vinculativo por terem votado menos
de metade dos eleitores - os opositores da
despenalização organizaram outra caminhada onde,
segundo Sofia Guedes, terão participado entre 4 mil
e 5 mil pessoas.
Nessa altura o percurso foi
superior (sete quilómetros) e ligou o Marquês de
Pombal à Torre de Belém, também em Lisboa.
Um dos jovens activistas do «não»
que participou na conferência de imprensa de hoje
aproveitou a ocasião para apelar «à participação de
todos, em especial aos jovens», que «têm obrigação
de se empenhar ao máximo nestas grandes causas»,
disse.
O encontro de hoje com os
jornalistas foi aproveitado para apresentar o hino
dos movimentos do «não», cujo refrão é «vale a pena
viver».