O ministro da Saúde, Correia de Campos, afirmou
ontem, à SIC, que cada IVG custará ao Estado entre
350 e 700 euros. Isto depois de o assessor do
ministro ter garantido, também ontem, quando
contactado pelo PÚBLICO, que "não há estimativas
nenhumas". A ser aprovada a despenalização, os
hospitais do SNS serão obrigados a assegurar as
interrupções voluntárias da gravidez previstas na
lei e a tratá-las como qualquer outro acto médico,
indicou. "O director de serviço, mesmo que seja
objector de consciência, tem responsabilidade" de
garantir que a mulher possa abortar, vincou. No caso
de isso não ser possível num hospital público, a
mulher terá de ser encaminhada para unidades
privadas, sendo que, como estabelece a resolução já
em vigor, o Estado está obrigado a suportar o custo
da operação. O ministro admitiu ainda que a maioria
dos abortos será feita em clínicas privadas e não em
hospitais públicos.