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Fórum da Família - 04 Jan 03 Combate à SIDA no Uganda: um exemplo que faz pensar
Apesar do muro de silêncio mediático à volta do estrondoso sucesso da estratégia de combate à transmissão do HIV experimentado nos últimos 10 anos no Uganda, o mundo vai tomando conhecimento deste facto. O facto é que o Uganda viu a quantidade de população infectada pelo HIV diminuir espectacularmente de 15% em 1991 para 5% em 2001. Caso único e interessante de estudo para todos aqueles que estão empenhados no combate a esta epidemia. A receita é, simultaneamente, simples e complexa. Simples porque se baseou numa estratégia de sensibilização da população para a mudança de comportamentos, designaamente para a restrição dos chamados parceiros sexuais e no encorajamento ao exercício da sexualidade dentro do casamento, o que vulgarmente se entende por fidelidade conjugal. E resultou. Complexa porque a comunidade internacional ligada à SIDA prefere criar um muro de silêncio à volta deste caso, acha que não é exemplo a recomendar, e muito menos a seguir, e continua a aviar a receita do costume: preservativos. A comparação dos resultados do Uganda com os da África do Sul no mesmo espaço de tempo dá que pensar. Neste último país que – ao contrário do que fez o Uganda – baseou a sua política anti-SIDA na utilização de preservativos, a taxa de infecções com este vírus é a mais alta do mundo: 11,4%. Não é preciso comentar: as diferenças estão à vista. Em todo o mundo, mas sobretudo em África, a SIDA é uma praga espantosa. O mecanismo de transmissão do HIV é bem conhecido e sabem-se quais são os comportamentos de risco. Estes conhecimentos permitem afirmar que, salvo acidente em transfusões de sangue ou transmissão intrauterina de mãe para filho, a SIDA é uma doença evitável a 100%. Desde que se assegure que não é transfusionado sangue infectado e se mantenham relações sexuais com um parceiro não infectado, pode-se ter a tão desejada segurança de que ninguém mais será vítima desse vírus. Os patrocinadores do preservativo, como principal instrumento de prevenção da transmissão do HIV, em vez de aceitarem esta evidência, obstinam-se nas políticas de extensão do seu uso, o que conduz inevitavelmente ao implícito convite à promiscuidade sexual sob a mentirosa promessa do “sexo seguro”. Porque o que está em jogo são vidas humanas, o exemplo que o Uganda dá ao mundo merece uma outra atenção e um outro destaque. Mas não. Há gente disposta a tudo – inclusivamente a mandar outros para a morte atrás duma ilusão – excepto a propôr que, quem mais precisa, seja senhor ou senhora de si mesmo. |