Estamos a percorrer o caminho que leva a uma
sociedade sem compromissos e sem certezas. É o
modelo de uma sociedade sem rei nem roque,
inteiramente na mão do poder político.
Há muito que se sabia que vinha aí a agenda dita
fracturante.
Quando surgiram os primeiros avisos e os primeiros
sinais, aos que lançaram os primeiros gritos de
alerta, chamaram-lhes conspirativos e maquiavélicos.
A verdade é que essa agenda aí está e ela é
sobretudo desestruturante da sociedade:
- sob a capa da solidariedade e dos direitos, as
novas leis desprotegem os mais fracos da sociedade;
- em nome da consciência e da dignidade humana,
ataca-se a vida nos seus momentos mais frágeis;
- em nome do progresso e da modernidade, promove-se
o relativismo para que nada nos pese na consciência.
Estamos a percorrer o caminho que leva a uma
sociedade sem compromissos e sem certezas. Dizem-nos
que é o protótipo da sociedade moderna, mas,
verdadeiramente, é o modelo de uma sociedade sem rei
nem roque, inteiramente na mão do poder político.
Ainda vamos a tempo de poder pensar pela própria
cabeça, mas a porta é cada vez mais estreita e é
responsabilidade pessoal de cada um contribuir para
alargar a porta. Senão, daqui a pouco tempo, até o
camelo passa mais facilmente pelo buraco da agulha.