Diário de Notícias - 6 Fev 04

Consumo de tranquilizantes subiu 26%

O consumo de benzodiazepinas (tranquilizantes) em Portugal aumentou 26 por cento entre 1995 e 2001, sobretudo nas substâncias que causam mais dependência, revelou um estudo do Observatório do Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento. De acordo com este documento, o aumento na utilização destes fármacos ocorreu quase exclusivamente nas benzodiazepinas ansiolíticas, estimando-se que, em 2001, cerca de 8,9 por cento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde estava a ser tratado com este tipo de medicamento.

Intitulado a «Evolução do consumo de benzodiazepinas em Portugal, de 1995 a 2001» e divulgado em Dezembro de 2003, o estudo alerta para a «elevada utilização» de duas benzodiazepinas em particular - o alprazolan e o lorazepam - que têm um «elevado potencial de abuso» por parte dos seus utilizadores. Um facto que, prossegue o estudo, levanta «preocupação» por «poder reflectir uma baixa percepção deste assunto por parte dos médicos».

Sujeitas a receita médica, as benzodiazepinas foram introduzidas na prática clínica nos anos 60 e, «apesar de serem fármacos com uma relação benefício-risco positiva (...) causam dependência física e psíquica (...), existindo a possibilidade de serem utilizados abusivamente ou associados ao consumo de drogas ilícitas».

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