Em 2005, foram 91.664 as mulheres
que interromperam a gravidez
O número das interrupções
voluntárias da gravidez em Espanha aumentou 7,86 por
cento em 2005, revelou, esta sexta-feira, o
Ministério da Saúde e Consumo.
Apesar de se ter verificado um
acentuado crescimento em comparação com 2004, ano em
que se registaram 84.985 abortos, o Ministério
tutelado pela socialista Elena Salgado garante que
continua a ser uma das mais baixas taxas da União
Europeia, Canadá e Estados Unidos.
No relatório que o Ministério vai
enviar aos governos das regiões autónomas, pode
ler-se que, no ano 2005, foram 91.664 as mulheres
que optaram, pelas razões mais diversas, por fazer
um aborto.
O maior número de interrupções
voluntárias da gravidez ocorreu em Madrid, na
Catalunha, em Múrcia e nas Ilhas Baleares.
Cerca de 97 por cento dos abortos
foram realizados em clínicas privadas.
A interrupção voluntária da
gravidez, em Espanha, foi despenalizada em 1985. A
lei só permite a prática de aborto em três
circunstâncias: mal formação do feto, violação e
perigo de saúde física e psíquica para a mãe.