Jornal de Notícias - 0 4
Ago 05
Reformas antecipadas
suspensas até ao final de 2006
A suspensão das reformas antecipadas até ao final
de 2006 foi também oficializada, ontem, em "Diário da República" e entra hoje em
vigor. No próximo ano e meio, o Estado não vai autorizar que os trabalhadores
passem da vida activa para a reforma por velhice antes dos 65 anos de idade ou
40 anos de serviço.
Os pedidos de reforma antecipada que tenham sido até ontem entregues nos
serviços de Segurança Social, contudo, não serão abrangidos pela actual
legislação.
A intenção de limitar as reformas antecipadas fazia já parte do Programa de
Governo e foi aprovada em Conselho de Ministros no dia 2 de Junho.
O decreto-lei ontem publicado dita a suspensão da "vigência das normas que
prevêem a flexibilização da idade da pensão de velhice por antecipação" e
determina que "até ao final do ano de 2006" sejam feitos "estudos actuariais" e
a "avaliação da evolução da conjuntura económica e social e da sustentabilidade
da segurança social".
Antes disso, contudo, e a par da apresentação do Orçamento de Estado para o
próximo ano, o Governo deverá divulgar um estudo sobre a sustentabilidade do
sistema de apoio social, como está definido na Lei de Bases da Segurança Social,
adiantou fonte oficial do ministro da tutela.
O titular da pasta do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, tem
repetidas vezes afirmado que a medida destina-se a prolongar a vida activa dos
trabalhadores (e contribuintes), garantir a saúde financeira do sistema de apoio
social e evitar que as empresas privadas procedam a restruturações internas com
recurso a reformas antecipadas. A.F
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