A Interrupção Voluntária da Gravidez está ser usada
como método contraceptivo por algumas mulheres que
recorrem à unidade de Guimarães do Centro Hospital
do Alto Ave.
Há mulheres que estão a usar a Interrupção
Voluntária da Gravidez (IVG) como um método
contraceptivo. A revelação, em forma de denúncia,
foi feita pelo Director do Serviço de Obstetrícia do
Hospital Senhora da Oliveira. Em entrevista à Rádio
Santiago, José Manuel Furtado mostrou-se preocupado
com a situação.
"Desde Julho que a Interrupção Voluntária da
Gravidez, por opção da mulher, está legalizada e já
temos um caso de uma senhora que vai interromper a
gravidez pela terceira vez e temos algumas senhoras
que vão com a segunda interrupção voluntária da
gravidez", afirmou. Aquele médico não tem dúvidas
"uma senhora que engravidou, porque não fazia o
método contraceptivo, continua a ter o mesmo tipo de
comportamento. E portanto vai, com certeza,
acontecer segunda e terceira vez, se nada se
modificar".
José Manuel Furtado recorda que teve um caso de "uma
senhora que veio a primeira vez, acompanhada do
marido. A segunda vez já não trouxe o marido porque
ele nem sequer teve conhecimento da situação". Na
sua opinião, mais preocupante é o facto de haver
mulheres que fazem a IVG que nem sempre fazem a
necessária consulta de revisão que ocorre um mês
depois da interrupção. "Já fiz uma avaliação durante
um mês e constatei que 20% dessas consultas não
foram realizadas". Um dado que preocupa o Director
do Serviço de Obstetrícia porquanto "a maior parte
das mulheres que interrompem a gravidez, não faziam
qualquer tipo de contracepção e continua a ter uma
atitude negligente".