Acaba de ser
disponibilizada, no "site" do INE (www.ine.pt),
a versão electrónica da publicação "Estatísticas Demográficas de 2001",
devendo também ficar disponível em suporte de papel, dentro de muito poucos dias.
Em 2001, nasceram em Portugal
112 825 crianças, menos 7 246 que em 2000, o que se traduz numa variação negativa de
6,0%. A taxa de natalidade (n.º de nados-vivos por mil habitantes) foi de 10,9,
menos 7,6% relativamente ao ano anterior.
Uma análise retrospectiva
permite verificar que o número de nados-vivos decresceu entre 1991 e 1995, ano em que
atingiu o seu valor mais baixo (107 184); nos cinco anos seguintes registou uma subida,
atingindo o pico em 2000, com 120 071 nados-vivos, e baixando, em 2001, para um valor
próximo do verificado em 1997 (113 047).
Por áreas geográficas e em
termos proporcionais, a maior incidência de nados-vivos verificou-se na região Norte
(36,9%); refira-se no entanto que, comparativamente a 2000, todas as regiões registaram
variações negativas: Norte (-6,9%), Centro (-6,3%), Lisboa e Vale do Tejo (-5,1%),
Alentejo (-7,4%), Algarve (-4,1%), Região Autónoma dos Açores (-9,6%) e Região
Autónoma da Madeira (-1,8%).
Em termos de taxa de
natalidade, o valor mais elevado registou-se na Região Autónoma dos Açores
(13,2), seguindo-se a Madeira (12,9) e as regiões Norte e Lisboa e Vale do
Tejo, ambas com 11,4. O valor mais baixo registou-se no Alentejo (8,4).
Quanto à idade da mãe, os
escalões "20 a 24 anos" (28,0% em 1991 e 19,3% em 2001) e "25 a 29
anos" (34,8% em 1991 e 33,3% em 2001) têm vindo progressivamente a perder peso,
enquanto que os escalões "30 a 34 anos" (19,9% em 1991 e 27,4% em 2001) e 35 a
39 anos" (7,1% em 1991 e 11,7% em 2001) têm mostrado uma evolução
significativamente crescente na última década.
Em relação à idade do pai,
a situação é idêntica: os escalões "20 a 24 anos" (16,9% em 1991 e 11,8% em
2001) e "25 a 29 anos" (34,0% em 1991 e 28,2% em 2001) têm vindo
progressivamente a perder peso, enquanto que os escalões "30 a 34 anos" (26,2%
em 1991 e 30,1% em 2001) e "35 a 39 anos" (11,7% 1991 e 16,9% em 2001) têm
mostrado uma evolução positiva.
No que respeita à
filiação, apesar da maioria dos nascimentos continuar a ocorrer dentro do casamento
(76,2%), os verificados fora do casamento têm progredido sistematicamente, representando
23,8%, em 2001. Destes, 17,8% e 6,0%, respectivamente, com e sem coabitação dos pais. Em
contrapartida, a análise dos dados para o período entre 1991 e 2001, permite concluir
que o número de crianças nascidas dentro do casamento tem vindo a perder peso.
Por áreas geográficas, a
maior incidência dos nascimentos fora do casamento registou-se nas regiões do Algarve
(41,6%) e de Lisboa e Vale do Tejo (34,1%); o Norte e a Região Autónoma dos Açores
situaram-se apenas nos 14,4% e 14,1%, respectivamente.
Em 2001 e quanto à ordem de
nascimento, 53,3%, 34,3% e 12,6% do total respeitaram, respectivamente, a primeiros, a
segundos e a terceiros ou mais filhos. Em relação ao ano de 1991, respectivamente pela
mesma ordem, a distribuição proporcional foi a seguinte: 51,8%, 31,9% e 16,3%; por
conseguinte, verificou-se uma subida na proporção de nados-vivos de primeira e segunda
ordem, enquanto que os de ordem superior (três ou mais filhos) registaram uma descida de
23% na última década.
Tendo por referência a
condição perante o trabalho dos pais, em 2001, a percentagem de mães empregadas
situou-se nos 71,0% e os pais em 93,3%. Refira-se que em 1991, a percentagem de mães
empregadas situava-se apenas nos 51,1%.
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