A APFN
congratula-se com a tomada de posição de várias entidades contra o
Telelixo, como é o caso de advogados, juízes, ministros, grupos
parlamentares e até mesmo a Alta
Autoridade para a Comunicação Social (AACS),
embora não consiga perceber o papel que foi dado à Rainha de
Espanha nesta discussão.
Infelizmente, a APFN vê,
com preocupação, que aparece, de novo, o discurso
de que é necessário mudar leis e efectuar reestruturações de
organismos.
A APFN apela a
todos os que agora se manifestam que:
1 - Leiam as leis
já existentes (estão todas
disponíveis para consulta no site da
AACS) ;
2 - Leiam as
notícias que, sobre o assunto, saíram pelo
menos nos últimos dois anos;
3 - Consultem o
site da AACS (http://www.aacs.pt)
e verifiquem qual foi a sua acção desde a data da sua criação;
4 - Investiguem os
resultados do ínfimo número de
processos por ela instaurados, e por que
motivo não tiveram qualquer efeito prático (ainda
devem estar escondidos nalguma gaveta à espera que prescrevam) .
Poderão, deste
modo, com os seus próprios olhos, constatar que:
1 - O resultado da
existência da AACS foi totalmente nulo (e tal não se deve à falta
de leis);
2 - Pelo
contrário, a inventada "auto-regulação" tem-se revelado um enorme "sucesso",
fazendo com que cada estação televisiva (onde
os canais por cabo estão bem representados) procurem injectar na
casa de cada um o que de pior conseguirem copiar do estrangeiro,
exigindo-se responsabilidades políticas a quem a promoveu
e defendeu, em vez de, pura e simplesmente, fazer cumprir a lei.
A APFN considera
que, para se mudar a situação desastrosa a que a televisão chegou,
basta, pura e simplesmente, fazer-se cumprir a lei e
demitir os agentes do Estado, pagos por todos os nós, que se têm
recusado a fazer cumpri-la. E fazer-se isso JÁ,
como, feliz e finalmente, se vê a acontecer noutros sectores do
Estado.