Juntos Pela Vida - 17 Mai 04
COMUNICADO
“Programas
sem controlo” ou a APF controla o Estado?
1.
Foi com repugnância que lemos no Expresso do passado dia 14 de
Maio de 2005 a conclusão da investigação jornalística levada a cabo
sobre a educação sexual nas escolas portuguesas. Como é que é possível
que a APF possa impregnar educadores e crianças desde a pré primária de
conceitos e atitudes profudamente desviantes e chocantes?
Já em Junho de 2002 alertávamos para o
facto de “as linhas orientadoras do Ministério da Educação para a
Educação Sexual terem sido encomendadas à APF, entidade publicamente
pró-aborto e filial da IPPF, a maior ONG mundial pró-aborto”.
O resultado desastroso é agora posto a
claro pela notícia do Expresso.
A verdade é que há mais de 300 modelos
de educação para a sexualidade e lamentavelmente, em Portugal, fala-se
sempre em “a educação sexual” como se só existisse uma modalidade e essa
significasse aquela que a APF quer impor.
Queremos felicitar as três jornalistas
desse jornal - Monica Contreras, Rosa Pedroso Lima e Susana Branco - por
terem quebrado este muro de silêncio hipócrita sob o qual se esconde a
verdadeira face da APF e incentivá-las a investigar mais e com mais
profundidade este tema e aquela Associação.
2.
No mesmo dia a TVI noticiou que a APF foi acusada de crime de
desvio de subvenção ou subsídio pela auditoria da Inspecção-Geral das
Finanças relativa ao financiamento da linha telefónica sobre
sexualidade. Ficámos também a saber que o IPJ paga 120 mil euros por
trimestre para a APF fazer aquela mesma “educação sexual” pelo telefone
a jovens!
3.
Mas há mais. O site
www.sexualidadejuvenil.pt exclusivo da APF mas, também, pago pelo
IPJ foi alvo este ano de uma repreensão do Provedor de Justiça quanto
aos conteúdos, por passar a convicção de que uma mulher pode abortar sem
que desse facto lhe advenha qualquer sanção. E a Procuradoria-Geral da
República declarou ilegal o conteúdo da página e solicitou à Secretaria
de Estado da Juventude, que tutela o IPJ, a alteração dos conteúdos.
Será que haverá mais? O Estado irá
investigar ou terão de ser os jornais a fazer esse autêntico serviço
público?
Como é que é possível uma Associação
viver de permanentes e crescentes subsídios do Estado, promover este
tipo de deseducação sexual e de actos ilegais e nunca ter sido avaliada
nas suas intervenções e nos resultados?
Face à evidência dos factos a
Associação Juntos pela Vida:
1.
Exerce
o seu direito de profunda indignação pelo que o Ministério da
Educação está a permitir que aconteça nas nossas escolas ao nível da
Educação Sexual e exige a imediata recolha de todo o material
didáctico já distribuído e o imediato cancelamento deste programa para
investigação e avaliação com os vários intervenientes interessados –
Pais, Escola, Alunos;
2.
Exige
que a APF seja investigada de forma exaustiva no que respeita às suas
actividades e aos seus financiamentos. Que lhe seja retirada o estatuto
de "entidade de utilidade pública" enquanto não modificar o seu modo de
funcionamento.
Juntos Pela Vida Associação
17 Maio 2005
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